2.20.2009

Não sei necessariamente o que me deixa tão abatida a ponto de engolir um choro, a ponto de me sentir desconfortável diante de tanta coisa.

Um choro quase que oprimido pela moral, pela sensação de perda. A perda do que nem se teve, porque nunca lhe foi de direito.

A dor de quem queria ter, mas não teve. A consciência grita e sabe que não tem como exigir, não tem como dar uma de louca. E eu dei. Tentar achar um errado e apontar o dedo na cara, não é o que resolveria agora. Quem é o intruso de onde, e quem é que deve o que e pra quem. E seria realmente isso?

Tão inerte, não me sinto bem, e não me sinto no direito de cobrar nenhum tipo de explicação. Elas não seriam válidas, elas não veriam do jeito que eu queria. Mesmo porque até aqui acho que eu sou a intrusa. Uma intrusa que caiu de paraquedas, e que por ser um ser humano passivel de erros, se acha no direito de ser grossa e cobrar algo. Não, eu não devo, só tenho o direito de ficar encolhida nos meus medos, com o coração tão miúdo a ponto de sumir e com a alma transbordando de lágrimas, opaca, escura..... Isso eu tenho direito.

Não sei dizer realmente o porquê é assim quando eu penso nisso e quando eu penso nele. Qual a diferença enorme que me faz? E porque faz?

Talvez minha sina é esta, querer algo que de tão dificil, e que de tão impossivel se torna um atrativo.

Atrativo de dores? O que eu quero pra mim não combina com esta dor. Queria quebrar uma lacuna, queria tanta coisa. E esta tanta coisa não se dá, não se doa.

Só dói.

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