9.28.2009

A idéia concreta

A idéia de vir aqui e vomitar tudo o que tinha que ser vomitado, não agrada. Só sobram azias e mais azias e desconfortos gastrointestinais.
Chega uma determinada idade de nossas vidas, que optamos por algumas coisas em pról do bem estar, da conciliação, do bom convivio, então criamos regras de normas e condutas.
Tudo vira uma grande caixa de decisões que teimamos em chamá-la de amadurecimento. A vida por diversos momentos nos mostra que os acontecimentos tem um porquê, seja ele qual for. Seja pra melhorar, pra termos lições e mais lições, sermos mais tolerantes, mais pacientes, e na verdade acabamos por crer que a vida é uma só, e que temos que vivê-la a cada instante como realmente fosse o último de nossas vidas.
Aproveitar cada instante, gravar cada coisa em sua mente, em forma de lembranças, em forma de saudades. Digo assim, sendo ou um outro, mas eu prefiro as lembranças, as saudades sempre são sinonimos de dor, de algo que foi e não volta. Lembranças são coisas até que boas, que até podem fazer parte do seu presente, mas que são momentos que podem ou não retornar.
Voe como se nunca pudesse mais ter asas para voar, pule como se as pernas fossem lhe faltar, e principalmente ame muito como se nunca mais pudesse amar.
Seja inteiro, seja integro, desfrute da brisa que chega de manhã nos acariciando o rosto; tome o banho mais demorando possivel, pensando em que a água não mais terá.
Tudo é único, momentos são únicos. Demonstre tudo. Seja tudo pra alguém. E permita ser tudo para alguém. Quem sabe amar, sabe receber. E vice-versa.

Como já dizia Florbela Espanca: "...A vida? Quero viver aos longos tragos..."

9.23.2009

Inteira

Sim, todo mundo odeia textos pessimistas. Então, quem vai ler este texto e pensar "Pow, escreve um texto positivo, homenageando a beleza, contando piada", melhor ir assistir a novela. Primeiro porque hoje não estou solidária com vontade de ser palhaça pra ficar aqui contando piada. Segundo porque nem a risada que o palhaço arrancou de você é de graça. Então, vá assistir a novela e não enche o saco. E eu quero falar de mim. E hoje não tô boa. Cuidado para não voar uma letra no meio da sua testa. Meia letra seria o suficiente pra deixar um hematoma. Mesmo porque eu só me sinto a metade. A metade do corpo, do cérebro, do coração, principalmente. Parece assim, uma paralisia de gente histérica. Mas deixo claro que estou mais pra neurótica. Meu corpo vem refletindo a meia vida que levo. Tudo tem meia função. O ônibus que não impede de ir e vir, mas humilha. O salário que dura meio mês e compra só a metade do que se precisa. A minha casa, que é meio nossa quando se paga o aluguel. Os amigos que estão meio distantes e nunca perto o suficiente. Gente que tem coragem de ofender quem ama, machucar, esfolar. E depois sai por ai com cara de boa gente, de cultura pacífica e educação impecável, assoprando quem lhe é conveniente. Tudo imagem que existe por fora mas não por dentro. Sentimentos tão nobres quanto burros, divididos em dois pólos que se estranham. As palavras, ah, estas vilãs amigas que chegam inteiras, acrescidas do dobro do seu valor semântico, o que implica a soma de uma metade, seja ela fantasia ou realidade... E mesmo quando lhe faltam letras. Para bom entendedor meia palavra basta e ainda é começo, uma frase velha, mas tão atual. Meias verdades, meios amores, meio ódio que não tem plural. Meio frio, meio calor, paciência transbordada meio palmo acima da testa... E todo dia acordo [como se fosse para lembrar que não tenho o direito de pisar na vida por inteiro] com um pé com meia e o outro sem. Um deles tem o privilégio do aconchego, do cuidado e calor. O outro aprende a resistência ao frio. Erros sanados com carinho, acertos estimulados no tapa. E vice-versa. Beijos meia boca, desculpas meio esfarrapadas e verdades ao meio. Sento no meio-fio sem a metade que procuro, que minhas meias certezas ou dúvidas não me deixam afirmar com vêemencia se é a minha ou a do outro. E penso que, talvez, possa completar o vazio com outra metade igualmente vazia. Bom-humor que irrita o mau-humor que se vinga. Choro e sorrio, repartindo um horizonte no meu rosto, um mundo pra baixo e outro pra cima. Invoco meu masculino violento para legitimar meu feminino delicado. Lágrimas, ora sutis ora agressivas. Se o copo está meio vazio ou meio cheio, tanto faz. Saciar não admite meio termo. E já não sei quem é mais 8 ou 80 e quem perambula do 1 ao 79... Estou meio triste, sem realmente querer dizer que a outra metade está feliz. Não estou nem um nem outro. Sou metade corpo, metade alma. Tento explicar a mim mesma que ninguém, nem eu, pode estar meio viva meio morta. Mas não me convenço integralmente, porque sou uma inconformada. Será que consigo continuar completa, mesmo ajoelhada sobre o espelho repartido? Consigo a outra fração de força, para recolher meus pedaços? Será que engulo a parcela rota de tanta integridade bi-partida? Me enjoei do costume de comer uma vida meio mussarela, meio calabresa.

7.25.2009


Sutilmente
Skank


E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti (x2)
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti


6.01.2009

In the Dark.


In The Dark
DJ Tiesto
Composição: Tiesto Feat Christian Burns

When it seems
Like the world around you's breaking
And it feelsLike there's no one else around you
And it's quiet
There's a silence in the darkness
And it soundsLike the carnival is over
As you walk
In the crowded empty spaces
And you stare
At the emptiness around you
You wanna go
To the city and the bright lights
Get away
From the sinners that surround you
Cuz I will be there
And you will be there
We'll find each other in the darkAnd you will see
And I'll see you too
Cuz we'll be together in the dark
Cuz if it's coming for you
Then it's coming for me
Cuz I will be there
Cuz we need each other in the dark
And if it terrifies you
Then it terrifies me
Cuz I will be there
So we've got each other in the dark
As I look into the sky
There's sparks bright as ice
You want me to take you over there
I want you to stay with me
Cuz you're not the only one
The only one
No, no
Don't worry
You're not the only one
Cuz if it's coming for you
Then it's coming for me
But I will be there
Cuz we need each other in the dark
And if it's panicking you
Then it's panicking me
But I will be there
So we've got each other in the dark
In the dark
In the dark
We'll need each other in the dark
In the dark
In the dark
We'll hold each other in the dark
Now we're saved together in the dark
Cuz we've got each other in the dark
Em definitivo, uma das músicas que ... (três pontinhos).

5.03.2009


Sempre achei esse negocio de auto-exposição uma opção bem ruim/perigosa de se viver. Aí se passaram os anos, e me vi totalmente enfiada nesse negocio de clicar daqui, clicar acolá, dizer muito, dizer pouco mas dizer tudo, e pra quem quisesse ler e ouvir. Acontece que a felicidade alheia incomoda algumas pessoas e paguei um preço alto por isso. Atrai pessoas que não precisava atrair. Fui julgada por uma porção de pessoas. Me expus. Expus demais. Aí veio uma calmaria ... E eu desencanei de tudo isso mas acabei por retornar. (E mais uma vez tudo aquilo acima aconteceu).

A calmaria veio de novo, e eu vou fugir enquanto é tempo. Não direi: NUNCA MAIS DESSA AGUA BEBEREI. Mas menos, né? Menos né gente. O negocio está aberto e vez ou outra aparecerei por aqui.

Viver a vida aqui fora é muito mais legal. E com o detalhe que eu não preciso contar e nem mostrar pra todo mundo.

Isso é fato.

4.05.2009

A industria ...

A industria do sexo é relativamente o que move as finanças, tudo de uma certa forma te leva ao que? Ao Sexo.

Então pensaremos assim, abrirei uma fábrica de camisinhas ultra resistentes, finas e etc e tal, e pronto, estarei RICO. Certo? Nããão! ERRADO! Ficará pobre. Já que já existe inumeras marcas e muitas pessoas hoje em dia não a usam.

Não a usam e eu digo isso porque em pelo menos 3 anos, vejo amigos, e mais amigos, tendo filhos a torto e a direto, um atrás do outro. Até aqueles remotos que achava que não iria ser tão logo. Tão logo porque julgaram e ainda usaram a brincadeirinha infame quando eu fiquei grávida: Existe camisinha, você sabia?

Enfim, o mais alarmante, é que se paramos pra pensar, não é só o filho que poderá vir, mas uma doença sexualmente transmissivel. E você ainda ouvirá: É tanto tempo de namoro. Eu confio!
Então está bem bonitão! Vamos ver quantas pessoas durarão até o final "saudaveis". O mundo anda perdido e todo ao contrário.

Sorte para a area da saúde que estará esbanjando atendimentos, coisa que na verdade nunca pára e nunca irá parar, mas será absurdamente rotineiro algumas doenças.

Pelo amor!

4.04.2009

1001 palavras de amor, 2002 palavras de horror


Uma mesa de bar esconde tanta coisa. Reparem, todo mundo senta, todo mundo bebe qualquer coisa, nem que seja a coca-light com rodela de limão, alguns acendem cigarros, mas todos conversam sobre algo. Palavras de amor, palavras de horror, e palavras de dor.

Justificam o injustificavel. Tentam doar idéias, pensamentos e principalmente ideais. Alguns não querem nada, na verdade. Nem trocar idéias, nem pensamentos e nem ideais. Servem só pra figurar o ambiente e secar o copo. (O que não é meu caso ).

Brindemos a vida.

Adoro reencontrar pessoas que há tempos não vejo. Algumas parecem que lacunas não ficaram, pelo simples fato de não haver estranhamentos. Mas em determinados casos não consigo encarar muito tempo frente a frente. E não me perguntem o porquê.

3.14.2009


Qual parte pensa que ainda pode ser assim, tão inerte a tudo. Como se tudo estivesse da melhor forma possível, quando na verdade não, não está nada bem. Passam filmes, passam as histórias, e as palavras. Realmente ando cansada, de mim, das pessoas, das coisas...
Abaixar a cabeça pra tudo falando amém e amém, e mais amém. Um saco. Um porre. E são tantos assuntos a serem retratados.
Numa dessas noites rotineiras ouço palavras que me deixaram totalmente perplexas, me surpreendeu. Não, eu realmente não esperava que algo fosse surgir dali. Não aquelas palavras, as aprovações vem de onde a gente menos espera. Justo ali que nunca me apoiou em nada do que fosse o assunto “ELE”. Mas como nada tem retorno, o apoio veio tarde demais.
Talvez estejam percebendo coisas que nunca tinham parado pra abrir a mente e agregar, só conseguiam ver o próprio umbigo fundo.
Nada tem me doido muito a ponto de fazer com que algumas "lagriminhas" se mostrem. Por isso essa sensação de vazio. De vazia. Você me ferra e eu te ferro? Não, eu simplesmente te ignoro. O que ando guardando no peito de tão ameaçador que não me faz ter vontade de explodir como sempre fiz.
Recebendo noticias de lá. Dói? Não. Não olham pra minha cara. Dói? Não. Me prometem e não cumprem. Dói? Também não.
São tantas coisinhas que ando digerindo, sobe um ânsia na boca do meu estomago, mas nem o xingo vem. Nada vem.
Conversas estranhas, tratamentos mais estranhos. Na verdade gostaria que o inverso disso tudo acontecesse, mas não vejo possibilidades e me deparei com alguém conformado. Alguém que espera sem esperar.Isso é amadurecimento? Não creio que seja. Nem de longe.
E quando é que o relógio vai explodir? Quando ele vai apitar dizendo que tem algo errado e que não quero nada disso pra mim?
São tantas sensações emboladas, que já não tenho quem sabe até o sentimentalismo... Sentimentos mortos não movem moinhos e não faz diferença.
Essa indiferença conforta? Talvez seja o conforto mais hipócrita de todos os tempos, e que já vivi. Apesar de querer, não me vejo lutando por nada do que eu realmente quero, ou me abrindo totalmente a ponto de ter tudo o que sempre quis um dia.

“Vivemos esperando dias melhores,
Dias de paz, dias a mais...
Dias que não deixaremos para trás.
Vivemos esperando o dia que seremos melhores
Melhores no amor, melhores na dor,
Melhores em tudo...
Vivemos esperando o dia que seremos para sempre....”

Já foi tanto desconforto, que o máximo do desconforto que me apresentam hoje, virou pouco (Será?).
Qual a razão de tudo? Se é que existe alguma razão nisso tudo.
Tão inerte que mal e porcamente solto um texto aqui, sem muita expressão e sem muita vontade de dizer muito. E o pouco que digo, na verdade não diz muito, a não ser pra mim. Buscas constantes pela palavra semi-dita. Pela intimidade em desnudar as palavras. (É o proposito ?)

3.07.2009


É difícil pensar em textos quando o seu corpo inteiro parece inerte. Depois do efeito do Plasil, da pressão que provavelmente foi ao chão, o que mais queria é um abraço. Só isso seria suficiente pra uma prova de carinho, verdadeira e sincera.

2.24.2009

♫ Close to you ♫



E é assim que eu me sinto quando estou perto de você. Com saudades de mim...

2.20.2009

Não sei necessariamente o que me deixa tão abatida a ponto de engolir um choro, a ponto de me sentir desconfortável diante de tanta coisa.

Um choro quase que oprimido pela moral, pela sensação de perda. A perda do que nem se teve, porque nunca lhe foi de direito.

A dor de quem queria ter, mas não teve. A consciência grita e sabe que não tem como exigir, não tem como dar uma de louca. E eu dei. Tentar achar um errado e apontar o dedo na cara, não é o que resolveria agora. Quem é o intruso de onde, e quem é que deve o que e pra quem. E seria realmente isso?

Tão inerte, não me sinto bem, e não me sinto no direito de cobrar nenhum tipo de explicação. Elas não seriam válidas, elas não veriam do jeito que eu queria. Mesmo porque até aqui acho que eu sou a intrusa. Uma intrusa que caiu de paraquedas, e que por ser um ser humano passivel de erros, se acha no direito de ser grossa e cobrar algo. Não, eu não devo, só tenho o direito de ficar encolhida nos meus medos, com o coração tão miúdo a ponto de sumir e com a alma transbordando de lágrimas, opaca, escura..... Isso eu tenho direito.

Não sei dizer realmente o porquê é assim quando eu penso nisso e quando eu penso nele. Qual a diferença enorme que me faz? E porque faz?

Talvez minha sina é esta, querer algo que de tão dificil, e que de tão impossivel se torna um atrativo.

Atrativo de dores? O que eu quero pra mim não combina com esta dor. Queria quebrar uma lacuna, queria tanta coisa. E esta tanta coisa não se dá, não se doa.

Só dói.

2.18.2009

Despretensiosa Pretensão


Pretensão é uma palavra relativamente nova para mim, pois aprendi, recentemente, a perceber que ela está embutida, com a cara mais deslavada do mundo, nas entrelinhas da minha "humildade", "compaixão", "prepotência" ou "benevolência". Ser bom não implica necessariamente ser moralmente aceito, de comportamento exemplar e lustroso. Ser bom é ter a cara de pau necessária, é conhecer o direito do outro e agir de forma que sua conduta não contrarie sua própria vontade e nem corrompa o ambiente alheio. Ser bom, não é ser mediocremente submisso, não é enganar para aliviar um sofrimento. Isso é terrívelmente mau. Ser bom é agir de acordo com si mesmo, sem que isso seja colocar o outro num labirinto pré-fabricado de prepotência. E então eu pude ver as duas faces da pretensão. Uma delas pisca para mim cheia de simplicidade e amor próprio, sorridente de altruísmo. A outra? A outra é feia. Cheia de verrugas no nariz, a me fitar de soslaio. Eu sou uma pretenciosa nata. Não tenho um desviozinho de coluna sequer, caminho sempre com os ombros à altura do meu queixo. E também acho que se Jesus deu o ar da graça realmente à Terra, algum dia, com seus pés descalços, foi porque queria mostrar que todos nós podemos ser como ele foi. Eu posso ser Jesus, com outro nome, outro sexo, com filhos ou infértil, loira, negra, fumante ou não, você também pode, isso se você não me disser, antes, que isso é uma heresia. Eu não tenho é a pretensão de convencer alguém com mentiras, achando que sou a picanha mais bem temperada da cozinha, mesmo porque existem milhares de vegetarianos por aí. Mas eu sabendo que sou uma picanha temperada com exclusividade e requinte, dou-me o direito, sem auto-condicionamento, de querer ser tratada como tal. E saber que isso é plenamente possível. Pois há paladares muito mais refinados do que se imagina, por aí. Nós é que somos humildemente conformados. Nos conformamos com a pretensão de sermos "bons" e "pacíficos" passivos de merda. Quantas vezes tampamos a nossa fervura interna, de mudar o caminho, de intervir em algo, de tomar o volante nas mãos e aprender de uma vez por todas a dirigir, ou a pegar um atalho, ou iniciar uma viagem inédita? Sou pretensiosa incorrigível, daquelas que acha que pode mudar o mundo e ainda mais além: que sabe que muda. Assim como qualquer um que acredite nisso de forma espontânea. Sou pretenciosa quando uso a ironia para despir o óbvio, quando pessoas se fazem, propositalmente, de mortas. Sou maravilhosamente prepotente neste ponto. Tenho a preciosa prentensão de eleger a roupa transparente nas minhas relações, e ser quem eu sou pura e simplesmente, porque quero. E tomar tapas absurdamente pesados e receber recompensas singelas por isso. Porque a leveza de me deixar manifestar só compensa o fardo de encarar a raspa de "final de festa à fantasia". A coisa fica feia quando achamos que somos prepotentemente indispensáveis, por declarações abertas ou nossa intuição, ao passar a manteiga saborosa da nossa fé ingênua no pão murcho e sem miolo alheio. Ou ser prepotentemente conveniente em exceder na geléia sobre torradas mofadas. E depois nos eximimos da culpa! Quando guardo minhas lágrimas ou deixo-as rolar, quando dou risada no exato momento ou em momentos inoportunos, quando pareço desequilibrada ou frágil, quando grito ou consigo dialogar, quando me acho a melhor ou a pior mãe, filha, amiga, irmã, cidadã do mundo... Quando erro, quero ser convecida com bons argumentos, para assumir, corrigir ou aprender a olhar diferente. Quando abaixo a ditadura e quando acho que preciso de ordens para me disciplinar. Sou pretenciosa porque escrevo o que penso e ponho a público. É claro que, se espera elogios, mas também prevê-se a crítica. Porque guardar meus pensamentos por vergonha ou imperícia é pretensão de atingir aplausos. Aplausos, quem não quer? Adoro! Pretensão deliciosa. Mas também gosto do silêncio da reflexão alheia. Mas guardar tudo esperando ficar bom é ter a pretensão de ser o próprio mestre daquilo que se pensa ignorar. É a pretensão em não aceitar visões diferentes, muitas vezes, construtivas, pior que isso, não ter curiosidade de saber. Eu tenho a pretensão de não acreditar no destrutivo. Eu quero ser amada, aclamada e não esquecida pelos que amo. Mas não posso subentender que sou essencial para todos. Sou essencial para quem quer, e muito, muito obrigada por este privilégio! Tem muita gente querendo, mesmo que não seja aqui, agora, sob um teto ou sob este exato momento. Sou pretenciosa porque penso que o universo contém tudo aquilo que necessito e molda as peculiaridades de nossas fantasias. E para mim o universo é mais do que uma prateleira de coisas que se pode ter e que se quer. É uma oferta inesgostável de coisas à nossa disposição. Algumas tem um preço para aquisição, e sou pretenciosa no sentido de achar que muita coisa vale o seu preço. E que o preço não é um castigo, mas uma oportunidade de merecer ou reconhecer o valor do que se quer. E sou pretenciosa de achar que mereço. E que também sou capaz de merecer o que nem imagino.

2.14.2009

".. A vida? Quero bebe-la a longos tragos.."

Escrever inteiro nunca foi o proposito daqui, pois bem, assim continuará.

Até onde ser vazia e até onde ser uma pessoa completa? Até onde posso ser fútil e até quando útil? Até onde quero permanecer intacta com as "porradas" que levo vida afora?
Posso ou não posso lutar no angu pasteurizado? A sopa de letrinhas vira uma porquice só.

Esquecer, correr, lutar.
Três palavras onde duas se contradiz com uma. Não perco nada. Apenas ganho, não vejo tudo sendo tão ruim e nem tão bom.

Sou tola quando preciso ser, e nunca dou ponto sem nó. Às vezes os nós não duram muito tempo e se transformam em laços. Não gosto de fazer nada incompleto.
Dúvidas me perseguem, mas o que são as dúvidas neste momento? Os 'achismos' podem ou não se tornar certezas.

E sinceramente, não sei se quero saber de algo. Só quero PAZ.

Eu fui indo indo indo e só hoje eu vorti fondo.


Oláaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Mas que saudade de postar aqui! Mais de anos que havia esquecido a senha, o login...
Perguntem se lembrei! Nananão... Usei aquela sentençazinha grifada "esqueci a senha" e pliiim, mágica! Lá estava a dita cuja da muleta pra memória, todinha no meu e-mail. Em pensar que eu sempre tive preguiça de clicar no link e bla bla bla... Também, uma porção de senha pra memorizar... Logo eu, que sou péssima com algarismos numéricos aplicados em qualquer finalidade (datas, senhas, conta de banco).

Em breve, um pouquinho de lero lero para desenferrujar as juntas dos dedos das mãos. Se bem que fiquei tão feliz que poderia até escrever com os dedos dos pés. Bateu uma nostalgiazinha assim, safada, de palavra que quer se despir...

Vivi, tô na área de novo...

Beijos
PS> Eu não tô nem aí pra reforma ortográfica - não hoje - não nos meus textos informais.

2.01.2009

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,
mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos,
nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

(Oscar Wilde)

1.25.2009

Antes tarde do que nunca.


Faz uma semana que o alivio veio em forma de ressaca, e o pior, fiquei bebada, sem saber, durante alguns anos. E passou o efeito da dúvida...

Nada que diversos copos de água pra melhorar, e pronto, nova em folha. Sem culpa no meu coração. Mesmo sem saber fiz o que era certo na época. Pena que eu demorei tanto tempo pra saber e ter certeza.
Mas como dizem por aí: Antes tarde do que nunca.

1.09.2009

A necessidade tua não é a mesma que a minha.

Certos pensamentos rondam a cabeça, martelam, e não páram.. É noite e dia nas mesmas coisas. Lidar com alguém que não tem a mesma idade mental é muito dificil. Os propositos mudam, as conversinhas e disse-que-me-disse são outros.
É tão irreal o congelador que chega a ser ridiculo. "Não sei, o que foi mesmo?" "Nossa mas eu não fiz nada" é tão falso, soa tão falso que eu me pergunto todos os dias se eu estou no lugar certo ou o mundo inteiro está ao contrário, mesquinho, e só eu que reparei.

Francamente...

www.joaosembraco.com.br

1.02.2009

Simples reflexões

Sempre em toda minha vida ouvi que pessoas podem enganar por um tempo, mas não por todo. A sua verdadeira essencia sempre se revela em atos falhos, em palavras mal posicionadas e mal intecionadas.
Decepção? Não. Apenas confirmações do que já mostrara em algum outro momento, sem querer, nestes tais atos falhos.
Arrevú.