12.02.2010

Casca.

Não quero ter a terrivel limitação de quem apenas me vê e me encara apenas pela casca, mas quando adentra mais as somas, ao que sou, ao que tenho e que carrego de passado, se esvazia.

Não quero ter apenas um mais ou menos, morno, que me vê apenas como uma metade, pois não consegue superar sua ansia primitiva, sua literatura machista de achar que o "teu passado eu não quero."

Sou isto.


Queira ou largue, não me faça ter aceitações baratas, temporárias, do que me gela o estomago, mas que não preenche o vazio.

Tudo é tão no "sei lá". Que eu me cansei disto tudo. Não quero.
Me deletei para as pessoas e não de mim.

12.01.2010

Arrogância

"Uma vez tomada a decisão de não dar ouvidos mesmo aos melhores contra-argumentos: sinal de carater forte. E também uma ocasional vontade de ser estúpido."

Frederich Nietzsche


E por ele mesmo se responde, e essa é difícil de pescar:


"Não me roube a solidão sem antes me oferecer verdadeira compania."




10.19.2010

abandono (a-ban-do-no)

m. Desamparo, desabrigo. Desleixo. Desistência, renúncia


rejeitar (re-jei-tar)

v.t.

Atirar, arremessar.

Lançar fora.

Não admitir, recusar: os anticorpos rejeitam o enxerto.

Opor-se a: rejeitar a tributação.

Lançar de si: o estômago rejeitou o remédio.

Recusar; repelir.

Deixar de aprovar: rejeitar um projeto de lei.

A indiferença é a submissão passiva às injustiças deprimentes.

A resignação é cheia de amor, de sentimentos nobres, de elevadas paixões.

A indiferença nulifica o amor, aniquila a nobreza d’alma, destrói as virtudes e deprime a moral.

O indiferente é um anormal: tem cérebro e não pensa; tem coração e não sente; tem alma e não ama.

desprezo (des-pre-zo)

s. m.

Sentimento pelo qual se julga uma pessoa ou uma coisa indigna de valor, de estima ou de atenção: experimentar desprezo pelo mentiroso.

Sentimento pelo qual nos colocamos acima do temor e do desejo: o desprezo do perigo ou das riquezas.

Palavra ou atitude que inferioriza, que magoa; menosprezo: sentir o desprezo de alguém.

"A política baseia-se na indiferença da maioria dos interessados, sem a qual não há política possível"
-- Valéry

Provérbio com a palavra "indiferença"
"A indiferença é para os corações o que o Inverno é para a terra"


Melhor resposta - Escolhida pelo autor da pergunta

Boa noite!


A indiferença é bem mais que um desisti de você. Ela é sutil, esnoba, ignora... É um "não vejo você" e mesmo a pessa estando presente em nossa vida, suas palavras e ações pouca diferença nos faz.
Sou da opinião que é preferível um xingamento ou um tapa que a indiferença, porque ela dói, nos coloca numa situação de não existência e de nada representar.

Até mais...
Star One.


Desprezo é um intenso sentimento de desrespeito e antipatia. É semelhante ao ódio, mas implica um sentimento de superioridade. A pessoa desprezada é considerada indigna. Desprezo pode estar relacionada a sentimentos de indignação e amargura.

Desprezo é um desprezo forte emocional, com base na convicção da inutilidade das pessoas afectadas ou suas instituições.

O desprezo surge a partir da avaliação de outra pessoa como inferior.

O principal impacto do desprezo é uma persistente desvalorização da pessoa ou da instituição em todas as áreas possíveis e uma conseqüente não-conformidade com a pessoa ou grupo social.

"As estrelas bocejam, dormentes, numa criminosa indiferença por aquela dor suprema de que eram as únicas testemunhas"
Trindade Coelho

A indiferença é a maneira mais polida de desprezar alguém.
Mario Quintana

O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença.
Érico Verissimo

10.12.2010

Meus textos. Em folhas de caderno... apenas vagando. Flashs de pensamentos.

21/08/2010 – sábado de manhã
Este tal chamado amor...

Quem tentou defini-lo não conseguiu chegar numa exatidão, por ser tão complexo, tão intenso, tão calmo e ao mesmo tempo tão devastador...
É tão forte que seu oposto é o ódio...
Indiferença não combina com estes sentimentos tão opostos que vivem numa finíssima lacuna...
Não importa raça, crença, beleza, jeito, simplesmente se ama alguém pelas sensações que esta nos causam e brotam dentro de nosso peito.Seja o beijo, o abraço misturado com as ligações, cartas, mensagens...
É um misto de coisas que nos faz pouco a pouco aquela paixão se transformar em amor...
É a pessoa que dormimos pensando e acordamos pensando...
É o desejar bem, respeitar acima de tudo, os gostos, as vontades...
É se doar sem esperar algo em troca, simplesmente se ama quando a saudade aperta e o coração dói, fazendo a urgência da presença mais do que momentânea
É contar horas e segundos para ver e ouvir, para ter sempre perto mesmo que longe...
Difícil defini-lo
É ter distancia, mas nunca o esquecimento, passe o tempo que passar.
É rir do mesmo riso. É quando necessário se por a chorar. Passamos horas desenhando diálogos, cenas e inventando discursos a serem ditos um a um...
É olhar nos olhos e se enxergar, é olhar nos olhos e sentir tamanha felicidade, onde o riso é tão pouco, que o choro se faz presente.
É ter medo da pessoa não existir mais e não compartilhar dos seus dias.
É querer ensinar. E aprender juntos.É compartilhar.
É ter ternura suficiente para acalmar quando necessário. É racionalizar quando a discussão for inevitável
É fazer simples coisas mas mesmo assim estar feliz e achando o melhor programa do mundo.
É andar de mãos dadas pensando que este será um momento eternizado, pela simplicidade do ato, pela segurança que se passa, pela vontade de estar até o ultimo dia da vida ao lado.
É partilhar dos sonhos, é criar metas, é ter um milhão de rostos e só conseguir enxergar um...Não é transar, é fazer amor...É ser intenso e ser bom até mesmo num famoso “papai e mamãe”.
É se orgulhar com as conquistas alheias..
É vibrar com as vitorias, é consolar nas perdas...
É deixar livre quando necessário, é um sonho onde não se quer acordar
É reconhecer todos os defeitos e mesmo assim continuar com os mesmos sentimentos dentro do peito, apenas desejando mais e mais.
É uma explicação inexplicável..
O amor não precisa doer, mas ele dói.

9.30.2010

O título fica pra depois.

Quem teve corações despedaçados, num abril decadente, num inicio de ciclos remoídos já desde sempre pelo inconstante incontrolável senso critico sem parâmetros, a não ser a própria opinião. As “verdades” guarde-as todas, sobra só o descaso.

Quem seria capaz de lidar com tantos massacres a queima roupa, quem seria capaz de suportar tantas inverdades ferindo a conduta e ferindo a dignidade.
O sorriso que não teria sido breve em alguns instantes fez-se por merecer rios de lagrimas incontáveis, de abraços mais que momentâneos, sub-julgado aos olhos alheios, sob as condutas tão permissiva, sob o pouco que lhe sobrará.

Onde houvera de fato a entrega total, ou seria apenas irreais sensações de desejos de mentes inquietas.

Não era pintor, não era poeta, não seria escritor e muito menos artista, mas encenava como ninguém no palco de ilusões, o retrato de felicidades abstratas, onde o muito lhe era pouco e não fazia diferença.
Era conveniente conforme a dança se encaixava e embalava a donzela de risos e traços fortes.
Até onde servira estava ali, sempre pronto para o seu famoso “para o que der e vier”.

Esfrega-se ainda o rosto num gesto de entender o que ainda não lhe parecia cabível, e no meio de tantas meias palavras sobra só a ânsia de súbitos mal-estares por tentar compreender o incompreensível, o desolador, e o sempre insatisfeito. Apenas no intuito de recuperar aquilo que perdera no meio do caminho tortuoso, seu amor-próprio, apenas seu amor-próprio.


♫ Playing: Pearl Jam – Betterman

7.14.2010

"Faça o melhor que puder. Seja o melhor que puder. O resultado virá na mesma proporção de seu esforço"
Gandhi

Caminhando pela rua, sentira o frio congelante, aquele mesmo frio que sempre sente ao acordar, mas agora estava o dia todo. Vinha pensando nas sensações, nos fechamentos de ciclos, nas prioridades da vida, nos sonhos de adolescente, na adolescência...

Lembrara da infância, dos primos pequenos e da mesma idade que a sua, ou dois, três anos mais velhos...
Do medo do mar, das ondas, dos castelos de areia, dos passeios, dos parques, do contato com a natureza, dos saltos e pulos, da piscina fria, que não parecia tão fria, do pai acolhedor dando a sustenção, e da mãe o sentido pra uma vida real feita de ilusões. Das brincadeiras de casinha, e dos ciclos que a vida dá para chegar até o esperado por toda criança: ter uma família.

Na maturidade precoce e única de mulher decidida, que sabe da vida, que sabe do mundo, mas que às vezes tem medo de enfretar o nevoeiro.
Da rebeldia concreta da adolescência, e de acreditar no mundo melhor, na liberdade desacerbada, do que era coerente ou não, dando sempre o ponto de vista que lhe cabia. Nunca sendo alheia a si mesma..

Na inteligência e na facilidade e percepção pelas leituras, pelo ilógico, pelo abstrato.
A paixão por Vinicius de Moraes, e por todo amor que houver nesta vida, servindo de retrato as letras, uma a uma, verso a verso, dando um poema, tão lindo, mas tão lindo que ainda se perguntara: Isso pode se tornar real? Isto é amor de livro ou de novela apenas? Será concreto?

Passos largos, sorrisos timidos, olhares cruzando o tempo todo, às vezes baixo...
Tinha uma onipotência em estufar o peito e dizer: "Faço o que quero, faço o que acho certo, isto é a minha personalidade, faço o que tenho vontade, e você não manda em mim... "
Se apaixonara diversas vezes, algumas vezes se deu mais do que recebeu, algumas vezes foi tão integra, algumas vezes se perdeu. E perdeu muito mais se perdendo.

Sofreu de amores algumas vezes, perdeu quilos, perdeu sono, e o ao contrário támbém aconteceu. Brigou com a balança, brigou com o mundo, brigou consigo mesma.
Ouviu diversas vezes aquelas músicas, sonhou com o "príncipe". Achava que a maioria dos sapos eram príncipes.

Se calejou, doeu. Sofreu uma despedida para sempre, se viu esvaziando o peito e se entregando a apatia do amor. Viu seus pés fincados numa plataforma e seus olhos no céu. Pegou bronca e raiva de cortes de fumaça pelas nuvens, achava o norte da Europa um verdadeiro horror. As vidas paralelas se tornaram perpendiculares e opostas. Sul X Norte. América X Europa. Era difícil conseguir sorrir olhando o mapa geográfico.

Quis dar a volta por cima. A ausência da presença. Da presença de alguém que fora importante, mas que não estava mais para sorrir do seu riso. Para tardes regadas aos pés pra cima, edredons revirados, sessões pipocas, bares, restaurantes, almoços de domingo, conversas com familiares. A casa branca com o Rotwailler no quintal nunca foi concretizado, sobrou a casa branca com o gato cinza, e sobrara ali a menina encolhida nos seus medos.
Sensação alheia nunca soubera na exatidão. Talvez tenha sentido falta, pelas inúmeras ligações onde o bina registrava 1111111. Pelos alôs ecoados, pelos choros, e pelos e-mails gigantescos e semanais, ou quinzenais.

Se deu conta que precisara viver, abriu meio caminho, meio caminho pra então suposta "pessoa errada de sua vida".
Colheu o que plantou, se ausentou totalmente de si. Padeceu suas vontades e seu plano de infância. Todo o inverso acontecendo, remoeu. Sofreu mentiras a distância. Pedrificou. Se tornou rabugenta, inconformada, e descrente do mundo inteiro.
O sentimento se tornou efêmero, e entitulou o como: "AMOR ADOLESCENTE".
A despedida veio tardia, mas foi um fim. O ciclo se fechou naquela inicio de ano, após três, quatro anos. Mas o ciclo se fechou.

Limpara lágrimas, limpara coração. Mas o cinza permanecia. Escondia em sua magreza acentuada, atrás de seus cabelos, atrás da braveza destemida uma menina fragilizada, que mais uma vez estufava o peito para dizer que os "Arco-íris nunca mais".

E percebera mais uma vez que é impossível viver só, viver sem amor, viver sem um sentido exato das coisas que poderiam lhe fazer bem. E o medo ali, sempre em primeiro lugar: "PRA QUE? E eu lá preciso de alguém"

Sentia medo de ser feliz. Medo de faltar, de ausências, de renúncias. Medo de não ser aceita pelo que era, medo de não parecer ser boa o suficiente.
Medo de abrir a porta e deixar a pessoa ir a busca de uma felicidade, em busca de materiais.. SIMPLESMENTE MEDO. Apenas seu olhar não escondia nada...

Mas nada nesta vida é definitivo. O destino uniu duas pessoas. A mocinha e o mocinho. Uniu pela igualdade, pelas frases breves, pelas filosofias de vida. Após dez anos. Parecia até mesmo presepada da vida. E era muito bom pra ser verdade.

Amar, aceitar, respeitar, e desejar, na mesma amplitude, na mesma devoção. Reciprocidade era uma palavra que definiria tudo. Tudo e mais um pouco. Amara, fora amada. Desejou o tanto quanto fora desejada, aceitara o tanto quanto aceitava.

Dois pesos, duas medidas, duas pessoas olhando numa única direção. Mostrando que a vida podia ser novamente o misto de cores daquele arco-íris. Sorriu colorindo a vida. Chorou de felicidade. Teve medo da perda no seu total. Sofreu, se sentira as vezes impotente de poder fazer mais. Alivou-se com resultados. Abraçou, amou, beijou numa proporção de intensidade sem tamanho.


Mas em cima do banquinho todo mundo pode cair, colocar uma escada em cima do banquinho pode causar um tombo catastrófico... "Incomparavelmente, único, encantador, apaixonante, eu amo você...(silêncio), eu também."
Amores incondicionais, palavras ditas com o coração, com a alma...
Tudo andou rápido demais. Rápido demais porque era intenso. A menina abriu seu coração tão frio, para se doar e dar amor, e para recebê-lo. Nem sabia o porquê desta intensidade, nem tentava mais entender, apenas sentia. Plena, sincera.. INTEIRA e INTEGRA.

Mas nunca houvera de fato ali, a aceitação por completo, só de um lado do tabuleiro.
E entre você x preconceito familiar + alguma coisa que ela nunca soubera de fato. A renúncia: para a menina; a escolha da corda: ficou para a 2ª opção. E mais uma vez ausência, e mais uma vez desamor, e mais uma vez solidão, não apenas de uma pessoa. Mas sim de planos concretos, sonhos..

Há necessidade do fechamento de ciclos. Mas a menina ainda está lá, presa ao abril despedaçado.


"Não há porque desistir... desde que você faça e seja o melhor que puder..."

6.28.2010

"Há tantas coisas que me faziam feliz,
hoje já não tem mais importância,
Muito menos sentido"

6.27.2010

"...And I think it's gonna be a long, long, time..."

Corre daqui, corre de lá. Passa reto se tiver alguém. Não quero que me vejam. Ninguém. Ninguém precisa me ver, e não preciso me mostrar. Só o fato de passar ali, fez embolo no estomago. Em vão? Em vão? Perguntas sem respostas. Eu não as quero. Cds, textos e cartas. As vezes acho que foi jogada no meio do rio. Apenas acho. Acho, mas não me façam ter certezas.

6.21.2010

Reflexões, apenas mais uma

Tenho uma visão e um relacionamento altruísta com as pessoas. E acabo de ter algumas concepções em relação a quase todas.

Existem pessoas e “pessoas”. Eu amo ser bem tratada, amo tratar bem as pessoas ao meu redor, e se elas forem especiais e importantes, eu redobro toda a atenção, todo o carinho, toda consideração, e principalmente TODO AMOR.

Algumas não sabem lidar com a cortesia, alguns dispensam, ignoram. Acham que são auto-suficientes o bastante para desprezar o que tem a ser oferecido.

Pessoas descartáveis? Não, as pessoas não são descartáveis. Engraçado que tenho quase sempre todos os motivos do mundo para odiar diversas pessoas, querer longe e nunca mais nem se quer saber das tais. Mas a minha, se é que pode ser chamada assim, "bondade", tenta sempre enxergar o lado da pessoa, tenta entender a todo custo, e SEMPRE, SEMPRE perdôo e volto atrás. Continuo fazendo as mesmas coisas, ou quase todas, continuo me doando sem esperar nada, a não ser um “obrigado”.

Por que é tão difícil as pessoas aceitarem ser bem tratadas? Por que tentar deletar as pessoas ao redor como se não fossem nada? Perguntei-me diversas vezes se eu era ANORMAL por não conseguir simplesmente esquecer a existência, ou se eu estava muito em sã consciência em querê-la sempre perto.
Acabo de ter respostas pra toda minha vida: SIM, EU SOU NORMAL. Apenas sou igualzinha a maior parcela de pessoas deste mundo. Não digamos que perdoar e desculpar sejam algo em maior parcela de pessoas, mas graças eu também faço parte desta.

Há 23 dias tenho refletido como ninguém. Há 23 dias por me indagar muito sobre o comportamento alheio e sobre os meus comportamentos não durmo direito. Há 23 dias “sofro” de uma magreza exagerada por tudo isso me consumir demais, não só o fato de pensar, existem outros fatores, como a tristeza que se encostou em mim... me pegou de refém.

Pelas falta e pelas respostas de todas as minhas reflexões e por ausências que não consigo digerir “sofro” de uma depressão que quando penso que todas as sensações ruins foram embora, ela resolve tocar novamente a minha porta.

Será que temos a capacidade de falar, de demonstrar qualquer coisa que seja por ser proveniente de um costume? Não, não acredito nisto, acredito que tudo seja proveniente de sentimentos.

Por que temos uma visão tão errônea de nós mesmos a fim de agradar aos outros? Por que anulamos tanto as coisas que acreditamos e não suportamos? Não sei. Só sei que já lavei meu rosto diversas vezes, nestes 23 dias.

E me indagando sobre tudo isso, só posso crer que realmente sou verdadeira quando digo e faço as coisas, principalmente se tratando de sentimentos.
Não suporto a idéia de ter amado tanto alguém, assim como amo, e não ter feito parte de um todo em sua vida, de conhecer apenas uma pessoa pela pequena parcela que ele me mostrava ser, ali na minha frente num contexto eu e você, posso ser qualquer coisa. Mas quando o contexto muda para as pessoas ao redor, aí as coisas mudam de figura.

Perguntas que ecoam em mim: Será que fui banalizada, pois era uma aversão a uma sociedade hipócrita? Ou será que fui omissa por não ter a profundidade exata da outra pessoa?

Por que seria tão insuportável ter alguém que só faz bem ao outro, mas que por não ser padronizada não serve? Por que temos manias de julgar as pessoas como sendo “ruins” se elas não cometeram nenhum pecado extraordinário? Porque generalizar as pessoas por um ato?
Por que não nos permitimos sermos felizes sem as opiniões alheias e tudo que nos cercam? Seria medo? Medo de errarmos? Errar causa uma sensação de falhas, e todas as falhas sempre queremos transferi-las a alguém.
E digo: TEMPORARIAMENTE. Pois se for analisar que cada ato cometido por nós, mas que seja pensado por outro, nos causa a mesma sensação, só que futuramente.

A velha historia do “E se tivesse feito, e se tivesse falado, e se tivesse tentado”... Causa-nos a falha de FALTA DE PERSONALIDADE. Erros, erros e mais erros. E o que somos nós na imensidão do mundo, meros mortais que apenas viemos neste mundo para aprender com erros e acertos. Redimir-nos, nos purificar, encontrar nossa luz, nossa evolução.

O ser humano tem a tendência em dificultar as coisas, de querer se auto-sabotar. Porque ser feliz dói.

E isto é viver. E eu não quero passar nesta vida apenas existindo, quero deixar marcas as pessoas. Quero cultivar cada sentimento meu, com toda a grandeza que se pode sentir, fazer diferença na vida das pessoas, ser mais que um ícone, ser mais que especial.
Pois desta vida não levamos nada a não ser os nossos atos e gestos de amor cometidos. E tenho certeza, estou feito tatuagem em você

6.16.2010

" Saudades...


"E é só você que tem a cura para o meu vício de insistir nessa saudade que eu sinto. De tudo que eu ainda não vi." Sobre a saudade, podemos encontrar definições como "Sentimento mais ou menos melancólico de ausência, ligado pela memória à situações de privação da presença de alguém ou de algo, de afastamento de um lugar ou de uma coisa, ou à ausência de certas experiências e determinados prazeres já vividos e considerados pela pessoa em causa como um bem desejável"; ou "Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoa ou coisa distante ou extinta. Pesar pela ausência de alguém que nos é querido". Como sinônimos, encontramos Lembrança e Nostalgia. Saudade não tem cor, mas pode ter cheiro. Não podemos ver nem tocar, mas sabemos o quanto é grande. Pode ser o sentimento que alimenta um relacionamento amoroso ou apenas o que sobra dele. Pode ser uma ausência suave ou um tipo de solidão. Pode ser uma recordação daquele momento e daquela pessoa, que um dia, mesmo sabendo ser impossível, ousamos querer reviver e rever. É a dor de quem encontrou e nunca mais encontrará, de quem sentiu e nunca mais voltará a sentir. A saudade se combina com outros sentimentos e procria-se. A soma da saudade com a solidão é igual a Dor. O resultado da saudade com a Esperança é a Motivação. Saudade é uma só, em diferentes palavras. É comum encontrá-la grafada nas lápides em alusão a dor da ausência provocada pela morte. Mas na Literatura e na Música é um tema crônico. É quem arquiteta a estrofe e conduz o tom. Não importa o gênero literário ou o estilo musical, não importa o autor, a época ou a situação Saudade é um registro fiel do passado. É a prova incontestável de tudo que vivemos e ficou impresso na alma. Ao confessarmos uma saudade, na verdade, estamos nos vangloriando de que, ao menos uma vez na vida, conhecemos pessoas e vivemos situações que foram boas, e serão eternas em nossa alma. Nutri-la, é alimentar o espírito e a própria existência..."

Não consigo


Não consigo colocar meus pensamentos tão transparentes aqui. Me sinto fragilizida, mostrar isto a outros seria realmente deitar ao chão e esperar o pisoteio.

E tem tantos textos, tantos pensamentos querendo fervilhar. Mas não será hoje.
Não será hoje que desnudarei toda a minha essencia em forma de palavras...
Do abstrato tornar-se algo concreto. Às vezes não precisa. Ás vezes é necessário. E muitas vezes é fundamental. Mas não será hoje.

5.31.2010

E quando o fim for inevitável?

Todo mundo tem uma história triste pra contar.
Uma decepção para se viver, uma grande paixão, um grande amor pra contar, e pra sofrer de saudades, de lembranças.

As lembranças que ficam são eternas, misturada com as saudades daquilo que nunca chegará, e nunca será do jeito que um dia se projetou. A paixão desperta os mais nobres sentimentos dentro de si, e com o tempo ele pode vir a não se transformar em amor. Mas e quando se transforma? O que você faz, como fazer aquela pessoa que você colocou todas as suas idealizações, todos os seus objetivos, todas as suas verdades, desnudando-se por completo, a trilogia: do corpo, alma e coração, saia da sua vida, saia dos seus pensamentos?

Teimamos em acreditar em mudanças, acreditamos em recuperar o amor, o respeito, quando ele já não está mais presente dentro do outro coração. Temos a esperança de acreditar que as coisas ficarão bem, e pra sempre. Mas não é assim que as coisas acontecem. Acabamos por empurrar com a barriga algo que não vingará, algo que não sairá daquilo que já está acontecendo. Suportamos e engolimos qualquer coisa a troco de um pouco, por amor apenas ao próximo e não pelo amor próprio.

Esquecemos nossa identidade em algum canto, largado numa gaveta funda e de cor preta, apenas enxergando o outro como uma verdade. Importamos-nos mais com o nosso sentimento, como se fosse algo tão bom, e capaz de suportar tudo, mas esquecemos que o amor do outro, o carinho do outro, o respeito, a reciprocidade tem que ser SEMPRE algo evidente, algo latente e principalmente nos dois.

O entrelaçar dos dedos, as mãos aflitas a procura do outro, os abraços quentes, os beijos ardentes, as palavras de carinho, de respeito e consideração, tudo isso é fundamental para que haja um relacionamento saudável.
O choro é algo doido de alguém que busca desconstruir tudo, que pretende desfazer todas as sensações, mas que não consegue, pois está ainda tão ligado àquilo tudo. Nunca me vendi por coisas baratas, nunca despi meus sentimentos a troco de nada. Sempre busquei a reciprocidade, e se algum dia eu me doei, eu me doei porque estava recebendo.

E até quando eu recebi? Tentar saber o momento exato que era a hora de partir não trará a minha dignidade, a minha auto-estima, o meu eu.
O meu ego e meu orgulho estão feridos e talvez por tudo isso não consiga respirar sem ao menos sentir que meu peito doa tanto, até o barulho da minha respiração me incomoda.

Me incomoda porque sei que não tem aquele que tanto me fez bem um dia ao meu lado, e só sobra o vazio. São os ecos dos passos das escadas, são os cantos vazios, as palavras soltas, os presentes em cima do armário, as cartas escritas uma a uma e a mão livre, as mensagens e os telefonemas, o cheiro do banho, do quente da água escorrendo, do cheiro do perfume das lavandas e das colônias, da brisa, e do vento quando resolve bater e desarrumar o cabelo, dentro disto tudo ainda está sua presença, e quando fecho os meus olhos eu ainda sinto tudo como se estivesse tão perto de mim.

Tudo me leva a uma só pessoa, tudo me traz as suas lembranças e a sua presença, que eu sei que não estará mais comigo.Não dá pra dizer que as coisas são passageiras dentro de nós. Pois existem pessoas que quando passam em nossas vidas, levam sempre um pouco da gente, e deixam um pouco delas. E quando essas deixam algo tão forte, tão marcado quanto a tatuagem... Nunca se apaga.
Algumas pessoas são eternas dentro da gente. Algumas, poucas... no meu caso é uma só.

Não, não queria ninguém por dó, por comodismo, e nem por costume. Queria alguém que quando me olhasse, sentisse o mesmo, ou quase o mesmo. E eu achei que este mesmo era agora.

Era o ontem...O ontem que tem sede, ânsia e vontade de ser: ontem, hoje e pra sempre.