LÁZARO
José Régio
Por damascos e púrpuras de rei
Despí, lá fora, os meus vestidos velhos,
E entre o tumulto, as luzes, os espelhos,
Insólito conviva, eu me assentei.
Erguendo a taça de cristal, brindei;
Quebrei a taça de cristal nos joelhos...
E apertando nas mãos lírios vermelhos,
Ensaiei risos fúteis e cantei.
Assim vós me julgastes um dos vossos,
E a mesa do festim me recebeu,
E me coroaram de hera em flor os moços.
E quando tôda a orgia adormeceu,
Só eu, só eu me vi roendo os ossos
Dêsse banquete que não era meu!
Belíssimo poema, apresentado nas aulas de literatura portuguesa. Inclusive errei a questão sobre ele da prova final. Refletindo sobre o erro, assimilei coisas mais profundas e coerentes. Vale a pena ler! Não reflete o meu momento, nem chega perto....mas não sei porque me deu uma vontade de publicar isso...
12.25.2006
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2 comentários:
Erros que vi depois de escrever: PREGUIÇA DE CORRIGIR. SINTO MUITO, FICARÁ ASSIM.
tha este poema realmente é lindo...
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